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Karaokê

Em 1984, surgiu em Londrina a "Mity Escola de Karaoke”, uma escola formada e conduzida por uma jovem cheia de ideais: Mirian Mitiko Takemura Shiroma, mais conhecida como Mity. Hoje, a escola ensina aos alunos não somente técnicas de canto para apresentações em eventos e concursos, mas também a valorizar conquistas pessoais, gostar da arte e a importância da cooperação com colegas: mais do que ensinar a cantar, sempre houve a preocupação com a formação de valores morais de seus alunos.

Em novembro de 1989, seu aluno Hideo Tanaka venceu o Concurso Nacional de Canção Japonesa, ganhando uma passagem de ida e volta para o Japão. Era a realização de um sonho da professora, que sempre almejou ajudar outros jovens a conseguir ir ao Japão cantar, como ela um dia tinha feito. Posteriormente, outros alunos também conseguiriam o mesmo feito: Fábia Tanabe, em 1991 (que também foi se apresentar na Argentina, Paraguai e México e posteriormente tornou-se a tricampeã do Grand Prix do Concurso Brasileiro da Canção Japonesa); Emília Kashiwaba, convidada a se profissionalizar no Japão; Fernanda Kanashiro (na época com 9 anos), que representou o Brasil no 8º Concurso Nacional de Canção Infantil em 1993, promovido pela Televisão Asahi do Japão. Além disso, Francine Missaka tornou-se cantora profissional, e hoje atua em São Paulo, e Patrícia Lissa Kashiwaba Martins primeiro integrou a banda "Rouge" através do concurso Pop Star promovido pelo SBT, e atualmente é a protagonista do musical A Bela e a Fera em São Paulo.

 

Sobre o Karaokê

A música japonesa surgiu no Brasil com a chegada dos primeiros imigrantes, que possuíam o gosto natural pelo canto. A música era cantada para diminuir não somente a distância física entre o Japão e o novo país, mas também para relembrar sua história e cultura. Eram ouvidam nas festividades da colônia nipo-brasileira, nos galpões de líderes comunitários e nas canções de ninar, mas havia uma grande dificuldade de obtenção de áudio para acompanhamento. Era então, feita a marcação do ritmo com as palmas das mãos e, posteriormente, com instrumentos musicais improvisados. Gradualmente, os cantores passaram a preferir o acompanhamento mecânico e de melhor qualidade, fazendo com que o “karaokê”, que surgiu no Japão nos anos 70, se disseminasse rapidamente. O termo “karaokê” é uma composição das palavras “kara”, de “karappo” que quer dizer vazio, e “oke” de “okesutora” (orquestra), significando sem orquestra[1].

Introduzido no Brasil por volta de 1975, em poucos anos o “karaokê” se popularizou pela praticidade, custo reduzido e o natural gosto de cantar dos japoneses, democratizando o ato de cantar e definitivamente, colaborando para a divulgação da cultura musical japonesa. Um número expressivo de profissionais trabalha em função do karaokê como professores, alguns com formação acadêmica ou com formação musical, sendo vários deles cantores que se destacaram em concursos e passaram a dar aulas. São ensinadas técnicas de canto e presença no palco, mas também são proporcionados outros benefícios como a melhora na autoestima, conquista de maior desenvoltura, socialização e integração com outras pessoas[2].

 


[1] YAMAO, Celina. História do Karaoke. União Paulista de Karaoke. Disponível em: http://www.upk.org.br/internas.php?menu=9507&interna=12390. Acesso em 5 de março de 2014.

[2] YAMAO, Celina. História do Karaoke. União Paulista de Karaoke. Disponível em: http://www.upk.org.br/internas.php?menu=9507&interna=12390. Acesso em 5 de março de 2014.